Na distribuição, eficiência acontece quando a tecnologia apoia a continuidade do trabalho e respeita o contexto de cada operação. Por isso, é importante não tratar Inteligência Artificial como se fosse atendimento. O que alguns têm chamado de “atendimento artificial” é apenas automação aplicada de forma limitada. Quando essa distinção se perde, surgem ruídos e a experiência deixa de fazer sentido. A Inteligência Artificial (IA) tem valor quando complementa o atendimento humano, e não quando tenta imitá-lo.
Essas tecnologias permitem agilidade, personalização e disponibilidade em tempo real. Mas, para que façam sentido, precisam estar conectadas ao que torna o atendimento humano indispensável: a escuta, o contexto, a presença e o senso crítico.
E é justamente nesse encontro entre tecnologia e vivência humana que a rotina das distribuidoras se sustenta. Eficiência não é apenas sinônimo de agilidade, mas de garantir continuidade e consistência nas informações que orientam cada decisão. A IA tem papel essencial nesse processo, desde que aplicada com propósito e alinhada à experiência humana que conduz as operações.
Segundo a pesquisa Atendimento ao Cliente 2025 (Lehibou, setembro/2025), 96% dos consumidores valorizam ser escutados e compreendidos, e 91% consideram indispensável ter um canal humano disponível quando precisam de suporte. Esses números reforçam algo que o mercado já percebeu na prática: tecnologia é bem-vinda, mas o relacionamento ainda depende de presença e escuta ativa.
Ao longo de três décadas de atuação, estruturamos um modelo de atendimento que combina inteligência e acompanhamento próximo. A automação organiza, prevê e simplifica, enquanto as pessoas interpretam contextos, ajustam processos e traduzem dados em decisões que fazem sentido para cada operação.
O que os dados revelam sobre a experiência do cliente
Setenta e nove porcento dos brasileiros dizem que chatbots nem sempre resolvem e que, na maioria das vezes, é preciso recorrer a um humano. Mesmo assim, 50% afirmam que voltariam a usar ferramentas automatizadas se elas tivessem linguagem mais empática e contextualizada (Lehibou, 2025).
A IA tem potencial para melhorar a experiência, desde que mantenha espaço para o diálogo e a personalização.
A inteligência artificial é uma aliada na construção de relações mais consistentes. Cada funcionalidade desenvolvida busca simplificar a vida das equipes e oferecer informações mais precisas e rápidas para apoiar decisões, sem perder de vista o elemento que sustenta todo o processo: a confiança entre pessoas e tecnologia.
Inovação, para nós, é resultado de equilíbrio. Quando a tecnologia entende o contexto e o atendimento preserva o cuidado, a experiência deixa de ser automatizada e se torna realmente inteligente.
IA aplicada com propósito
O desafio não está em automatizar tudo, mas em equilibrar tecnologia e sensibilidade.
Produtos como o Target Zap 2.0 mostram como isso se aplica na prática. A integração da IA ao WhatsApp automatiza tarefas recorrentes, como envio de boletos, rastreamento de pedidos e consulta de notas fiscais, mantendo o contexto da operação. Quando é necessária uma análise mais complexa, o atendimento é redirecionado automaticamente para a equipe interna, com todo o histórico organizado.
O mesmo princípio orienta a IA de sugestão inteligente de pedidos, que utiliza dados reais de centenas de distribuidoras para gerar recomendações mais assertivas. A tecnologia aprende padrões, mas é o vendedor que interpreta o cenário e toma a decisão final. Essa combinação entre automação e conhecimento de mercado torna o processo comercial mais ágil, sem perder a proximidade com o cliente e o protagonismo do vendedor.
Portanto, quando tecnologia e presença trabalham juntas, o atendimento ganha consistência. A IA cuida do que é repetitivo e garante precisão e agilidade nas informações. As automações apenas facilitam o fluxo, sem assumir o papel de quem atende. E o humano continua no centro, garantindo interpretação, vínculo e continuidade nas relações.
O resultado é uma experiência mais precisa, confiável e alinhada ao que o cliente realmente espera: tecnologia que organiza, pessoas que conduzem.