18 out 2025 Artigos

Você sabe qual a capacidade da equipe de separação de sua distribuidora?

Este artigo vai ajudá-lo a responder esta questão com o estudo de cronoanálise logística, com o intuito de mostrar se existe mão de obra ociosa em seu armazém ou até mesmo se sua equipe de separação de pedidos dá conta de atender todos os pedidos que sua equipe de vendas da distribuidora disponibiliza no dia a dia.

O que é Cronoanálise?

A cronoanálise é a abordagem mais popular para a realização de estudos de tempos, baseada na cronometragem para determinar o tempo padrão de uma operação logística.

O que é estudo de tempos?

O estudo de tempos é usado na determinação do tempo necessário para uma pessoa qualificada e bem treinada, trabalhando em ritmo normal, executar uma tarefa especificada. Este tempo é denominado de “tempo padrão da operação”, muito utilizado em processos de picking em distribuidoras.

Como realizar a Cronoanálise

  1. Dividir a atividade em etapas para medição do tempo.
  2. Escolha do operador (que participará da medição de tempos).
  3. Realizar a medição de tempo ao longo de alguns pedidos.
  4. Avaliar o ritmo do operador e determinar tolerâncias.
  5. Analisar o tempo padrão da operação e a capacidade produtiva da equipe.

Exemplo prático

Considere a seguinte situação:Um operador é responsável pela separação de pedidos em uma distribuidora. O sistema possui a relação de todos os pedidos pendentes. Para cada pedido o operador: separa os itens solicitados, coloca-os numa caixa ou palete e leva até a área de conferência de pedidos.

1º Passo – Dividir a atividade em etapas para medição do tempo

Exemplo:

  • 1ª Etapa – Procurar o próximo pedido a ser separado.
  • 2ª Etapa – Pegar uma caixa ou palete para colocar os itens solicitados.
  • 3ª Etapa – Visitar os endereços de cada produto.
  • 4ª Etapa – Levar os itens até a área de conferência.

2º Passo – Escolha do operador

  1. O funcionário escolhido deve ter desempenho médio em comparação com os demais.
  2. Precisa ser bem treinado na separação de pedidos da distribuidora.
  3. O responsável pela cronoanálise deve explicar o objetivo do estudo de tempos de forma clara.
  4. A abordagem deve ser amigável, para garantir empenho e resultados consistentes.

3º Passo – Realizar a medição de tempo ao longo de alguns pedidos

Para estudos iniciais, 10 a 20 pedidos são suficientes para obter uma boa média de análise da capacidade da equipe de picking.

4º Passo – Avaliar o ritmo do operador e determinar tolerâncias

No exemplo acima, vamos considerar que o operador trabalhou um pouco mais lento que o normal e recebeu avaliação de 90% no indicador “Ritmo do Operador”.

Além disso, adotamos 20% de tolerância para necessidades pessoais, descanso e improdutividade (quaisquer desvios dentro da operação, como falta de produto no endereço de separação, avarias, idas ao banheiro etc.).

Legenda da tabela

  • Tempo observado: tempo que o operador utilizou para cada etapa do pedido.
  • Ritmo do operador: percentual aplicado para refletir o ritmo real de trabalho durante o turno.
  • Tempo normal: tempo observado ajustado pelo ritmo do operador.
  • Tolerâncias: tempos gastos com contratempos do processo de picking.
  • Tempo padrão: tempo final considerado após a aplicação dos índices de ritmo e tolerância.
  • Turno (min): horas de trabalho da equipe no dia.
  • Capacidade: número de pedidos que cada colaborador consegue separar por dia.
  • Pedidos/dia: número médio de pedidos que chegam para separação.
  • Funcionários: quantidade de colaboradores necessários para atender à demanda diária.

5º Passo – Analisar o tempo padrão da operação e a capacidade

Com isso, chegamos à capacidade produtiva de pedidos e na quantidade de funcionários necessários para atender a demanda do dia.

No exemplo, a equipe tem uma capacidade produtiva de 190 pedidos/dia por operador, totalizando 1.800 pedidos/dia com 10 funcionários.

O que fazer com os dados?

A partir dos resultados, o gestor de logística pode analisar se a produtividade e o ritmo dos colaboradores estão de acordo com o melhor funcionário da distribuidora.

Também é possível fazer outras análises estratégicas, como:

  • Readequar o tamanho da equipe de separação (para mais ou para menos).
  • Identificar gargalos no processo de picking e expedição.
  • Avaliar se é hora de investir em automação logística.
  • Comparar desempenho entre turnos ou operadores.

Esse processo garante mais eficiência logística para distribuidoras, ajudando a planejar melhor a mão de obra e a reduzir desperdícios. Quando integrado a um ERP para distribuidoras com módulo de logística, o estudo de tempos se torna ainda mais poderoso, pois os dados podem ser acompanhados em tempo real.

Saber a capacidade da equipe de separação de pedidos é fundamental para manter a operação logística de uma distribuidora organizada, produtiva e competitiva.Com dados de cronoanálise e o apoio de tecnologia como o ERP da Target Sistemas, você consegue dimensionar sua equipe, evitar sobrecarga ou ociosidade e garantir que cada pedido seja atendido com agilidade e precisão.


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